
Caminhando descalça pelo asfalto...
Assim tão quente...
Tão rígido...
Que fere meus pés...
Que recalca o meu ego...
Sofisticada cobertura...
Suaves cores projetadas...
As marcas tão óbvias...
O que tenta cobrir não apaga...
Esconde...
Retrata de forma infame...
As silhuetas incondicionais...
De uma plenitude não existente...
Deformada as demais...
Pelo sentimento constante...
Relembrando dias irreais...
Mas a fagulha deixada...
A carne rasgada...
A cicatriz não sarada...
Remoe...
Consome...
Absorve a beleza...
Perdida em meio as feridas...
Enterrada entre as pedras...
(Suy)