quarta-feira, 30 de maio de 2007

__Rosas em botão__


São dúzias de rosas em botão...
Que te ofertei com paixão...
Em teu olhar desfiz-me em lágrimas...
Tão sedento está o coração...


Susurrando com uma voz saliente...
Cala-me com espinho cortante...
Desfaz minha vida errante...
E encarna-me com teu gesto inconsciente...


Densa solidão...
Que eu quis sentir...
Dormente me fiz para esta canção...
Um breve relato que prediz...
Que cansados estamos sem razão...
Pelas mentiras que eu tanto quis...
Tão nulas estamos numa prisão...
Que nos remete a um inverno infeliz...


(Suy)

quinta-feira, 24 de maio de 2007

__Minha Natureza__


Um semblante tão terno
Uma voz tão doce
Que provoca mistério

Moldada pelas mãos pacientes
Enriquecida nos encantos da terra
Consagrada pela mãe natureza
Bióloga amante da vida


Feliz em cantarolar suas músicas favoritas
Provocante no dançar que demonstra a alegria
Porque dias melhores são cultivadas
Nos sorrisos diários
Nas ações sem sentido
No caminhar preparado
E no amor desmedido


(Suy)

terça-feira, 15 de maio de 2007

__Rosa de Tereza__

Foto: Suellen Verçosa

Solta a flor...
O espinho já te feriu...
Alguém te marcou...
E por aquela porta saiu...

Dantes tua enorme pureza...
Cândidos olhares fraternos...
Notastes o que é mais Tereza...
Do que mais nos doaremos?

Abrandado coração...
Povoa o contentamento...
Das rosas és a canção...
Que embala o pensamento...

(Suy)

segunda-feira, 14 de maio de 2007

~~Iron Lady~~


Donzela de ferro...
Ferida está...
Tão peculiar movimento...
Ao seu tempo retornará...

Tão abatida...
O sangue que corre...
Não diria-se tão nobre...
Por poder romper sua armadura...


Indomável criatura...
Que se pôs a brunir...
A mais breve rachadura...
Que a lâmina tratou de abrir...


O semblante muda...
Descaracterizada figura...
Que uma batalha por mim...
A chamar está por um breve fim...


(Suy)




quinta-feira, 10 de maio de 2007

__ Fome __


Num rosto já tão pálido...
Enxugando as lágrimas...
Apenas não existia o laço...
Que arrepiavam as lástimas...

E sede de seu próprio sangue...
Que a terra não consome...
Vestida está a fome...
Nos quadros por onde ando...

Deitados e esparsos...
Melindros diários...
Tão quanto duzentos punhados...
De farinha seca que preenche o espaço...

Tão insatisfatória imagem...
Se faz adiante um pecado...
Vida em pele e ossos que cobrem...
Apenas o retrato tão sem cor de um cotidiano ordinário....

(Suy)

terça-feira, 8 de maio de 2007

__A cena das flores__



Iniciai-me nas curvas frenéticas do teu ardor
Comensurável reflexo
Hábito entreaberto
Pureza sórdida
Vagos movimentos
Inebriante clamor
Que destaca o perigo
Tão vasto calor
Que encerra meu sentido
Atrevidas as flores
Que roubam-me a cena
Repetem movimentos
E se cumpre a pena
Que o vento se ocupa
Em remediável e plena
Torpidez e exaltar
Da mais nobre és serena

(Suy)