quinta-feira, 10 de maio de 2007

__ Fome __


Num rosto já tão pálido...
Enxugando as lágrimas...
Apenas não existia o laço...
Que arrepiavam as lástimas...

E sede de seu próprio sangue...
Que a terra não consome...
Vestida está a fome...
Nos quadros por onde ando...

Deitados e esparsos...
Melindros diários...
Tão quanto duzentos punhados...
De farinha seca que preenche o espaço...

Tão insatisfatória imagem...
Se faz adiante um pecado...
Vida em pele e ossos que cobrem...
Apenas o retrato tão sem cor de um cotidiano ordinário....

(Suy)

Um comentário:

poética cotidiana disse...

Seu blog tá lindo!
:)