terça-feira, 11 de setembro de 2007

Do adeus juntei os trapos


E quanto mais me reaproximo de você
Mais vejo sua mão a sacolejar
Acompanhar o vento
Dizer-me adeus

Sei que do adeus e das despedidas me sequei
Vi muitos...
Quantas partidas já sobrevivi

Mentira é dizer que não me dói
Incorreto é afirmar que não houve erro
Sempre tão coberta de "e se?"
E sempre tão longe do fazer

Junto trapos como quem quer colar as cores
Seco os prantos
Cessam as dores?
Sinto o vento...tão leves os cabelos...

A falta que faz o teu olhar
Dessa partida que me tem feito pensar
Nos dias em que os tons se faziam tão fortes
Mesmo que houvesse a armadura a me bloquear

Só espero que do adeus
Meu coração se recupere
Quem sabe um "até logo" "até breve"
E eu possa não me afastar dos olhos teus

(Suellen Verçosa dos Santos)

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Da chama e suas cinzas...


Olhos que não te veêm mais
Razão dispersa entre os restos de cinzas que o vento não levou
Caçadas e encontros superficiais
Melódica chama que já se apagou



Sossegada de modo atípico
Á vista de grandes marcas já indolores
Porque o que acabou
Acabado está



Dessa carcaça que inflama
Dos dias ainda sem solução
Do passo tão longe que te cansa
Só o que queres é que te segurem a mão


(Suy)