quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Bom e velho gosto de romance antigo


Um tanto precoce
Mas é tão bom sentir essa brisa
E o conjurar de toda essa sensação

É bom lembrar
Faz bem
E há quanto não ouço alguém dizer que o mundo ainda é
cor-de-rosa

Só pra lembrar...
Só pra lembrar...

Que as flores ainda não murcharam de vez
Ainda se pode ouvir os batuques do coração
E aquela velha canção de fundo

E todas as cores
Daquelas que o rosto toma
Despertam lentamente todas as outras
E a primavera flori dentro do peito

Tudo pra dizer o que é estar perto dele
Tudo sorri novamente pra deixar de lado o inverno
Tudo muda pra gritar, pra ecoar e pra sonhar
Que o gosto de velho romance é bom
E o quão agradável é o amar
.
(Suellen Verçosa)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Meninas...


As flores cresceram
E agora elas saem rebolando seus corpos...
Não precisam mais pedir permissão aos pais
Saem sempre só para não cair numa rotina
Bebem aqueles líquidos vendidos em bares
E que misteriosamente as torna mais adultas

E o olhar muda...
As meninas cresceram papai
Vejam como elas estão repletas de si mesmas
E não mais os reflexos de suas mães


Vê como agora são meninas fortes?
Vê como lidam com o mundo?
Vê a força que tens?


Já sabem lidar com suas paixões
Desvairadas
Carregando sempre a si num pedaço de chão


Vê como choram?
Vê como crescidinhas ainda lavam a alma?

Mas rapidamente enxugam seus rostos
E saem arrumadas, maquiadas e cheias de ardor
Para mais uma aventura
Para mais um teatro perfeitamente encenado


E no final da noite
Se tornam medrosas meninas...
Que apesar de tudo
Ainda temem o escuro!


(Suellen Verçosa )

sábado, 3 de novembro de 2007

Re.fle.xo

.
Intenso...
Mas tão longe ele vai
Vive suas figuras interpretativas
Cunhando temas tão reais

Meu espelho invertido
Reflexo que exilo
Dos meus múltiplos corpos que se mostram por aí
E do ar que respiro

Dele que corre contra a ventania
De mim que fujo da represa
Dos corpos laçados pela vida
De um mistério que o envolve pluralmente

Espelho convexo
Em meu leito te espero
Despida dos corpos do dia
Desfaço-me em tão tênue vestido
Para que me toques a alma
Em nossos cacos preenchidos
.
(Suellen Verçosa)