Balanços e assentos...
Vestida de trapos...
Confesso meus anseios...
Desfaço-me dos calçados...
As cordas me sustentam...
Ouço o ranger enquanto me balanço...
Cabelos ao vento...
Repentino prazer...
Manifestas as árvores...
Que fazem-me ver o vento em movimento...
Soltos os laços...
Que me ligam ao sentimento...
Perdidos se fazem...
Nas relvas ou nos vales...
Invernos e cicatrizes...
No meu corpo se encontram...
Solitário e ferido...
Lugar almejado...
Para as rosas cairem...
Entre os dedos já tão pálidos...
Pétalas jogadas...
Num corpo já desfalecido...
A alma carrega consigo...
O ferimento não curado...
E a paisagem tão simples...
Manisfesta beleza...
A mistura de morte e natureza...
Que o tempo carrega...
E que desfaz-se em meio a correnteza...
(Suy)
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